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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Capítulo 1

          Amor. Se eu ouvisse essa palavra há mais ou menos um ano e meio atrás, minha reação seria achar seu significado uma babaquisse. Para ser sincera, eu ainda acho. Mas antes eu não havia sentido na pele essa sensação. A de amar. Atualmente tenho 26 anos e estou começando minha profissão em um escritório de advocacia. O negócio é pequeno, mas como já dizia vovô, para se chegar no topo da pirâmide temos que começar da base. Moro em um flat na zona Sul de São Paulo. Estaria tudo indo muito bem na minha vida se não fosse por uma pedra no sapato.
                                                                   *
          Tudo começou nas férias de julho de 2008. Eu estava extremamente tensa com todo o curso de direito nas minhas costas. Resolvi passar uns dias na casa da mamãe, que fica no interior de São Paulo. Apesar da família por perto, e sabe, toda a calma daquela cidadezinha (para ser mais realista, é meio que um tédio) eu não relaxei. Parece que as mesmas paisagens como o bosque arborizado com um parquinho imenso na frente da casa da mamãe e as paredes brancas descascadas da igrejinha que ficada ao lado da loja de roupas da minha ex-vizinha, Dona Cecília, me deixavam cada vez mais extressadas. Não sei, mas me lembrava do tempo que eu ia pra escola, que me lembrava de estudos e me lembrava do quanto de trabalhos eu precisava fazer. Talvez maníaco, mas não havia nada que eu podia fazer. Então eu incurtei os dias de minha estadia, dei a desculpa mais esfarrapada pra mamãe e me mandei. Mas, eu não poderia passar minhas férias no ovo bagunçado que eu moro.
          No dia após minha chegada no meu lar doce lar eu fui comprar pão. E lá estava eu, com uma sacola recheada com pães e um maravilhoso brioche de chocolate quando eu passei na frente de uma agência de turismo. A foto da Disney me chamou atenção. Foi quando eu parei em frente da vitrine e comecei a olhar os posters dos pontos turísticos ao redor do mundo. Dubai, Nova Iorque, cordilheira dos Andes entre outros. E uma coisa me chamou completamente a atenção. Em todos as fotos, as pessoas sorriam, e pareciam livre de problemas. Foi aí que eu pensei, será que se eu viajar pra um lugar diferente poderia esquecer meus problemas? Então eu entrei na loja. Talvez o maior erro da minha vida.

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